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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Escuridão


Perdida na escuridão como sempre... já estou habituada… já se tornou a minha casa… o meu lugar seguro… a escuridão é tão calma…
E do nada, quando essa escuridão parece mais inquietante, algo se vê, uma pequena luz, muito pequenina, muito longe… então levanto-me curiosa, querendo chegar perto, querendo ver aonde essa luzinha me pode levar. E no calor da minha dor sinto uma leve brisa, que me revela a verdadeira paz e revela a falsidade da calma da escuridão!
E então, quando algo nos meus olhos se mostra, um brilho provocado pela esperança proveniente daquela pequena estrela, (talvez por essa luz se assustar do seu reflexo) ela foge, voa e desaparece, e eu volto à escuridão, sentindo intensamente o vazio que ela provoca…
E tento voltar ao meu estado inicial, tentando ignorar a dor, tento voltar ao ponto onde a calma da escuridão era o meu lugar seguro….

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Dia Chuvoso

Como anda chover, e como não quero escrever nada que me surja neste momento (porque seria dramático demais) decidi recorrer aos meus poemas antigos.... Este não é dos melhores... mas é o mais... positvo.
Não querendo deprimir ninguém e também não quero deixar o blog às aranhas cá deixo a minha..."obra de arte":

Dia Chuvoso

As vezes apetece à janela ficar
ficar protegida no calor do lar
ver simplesmente a chuva a cair
e não pensar do abrigo sair.

Apetece simplesmente ficar a olhar
não ter que em mais nada pensar
ver apenas a chuva a cair
imaginando que tem poder,
o poder da minha dor levar.

Vejo as gotas de chuva cair
e com elas a esperança dos meus sonhos
mas no fim nada disso vai importar.
A tempestade lá fora pode assustar
mas para mim é indiferente
pois já vive uma tempestade dentro de mim.

Mas agora dói viver
sinto a falta do abraço de alguém
mas não quero ver ninguém
fico apenas aqui a ver a chuva a cair
desejando poder daqui fugir.

Quem sabe se chove por mim
quem sabe se as chuvas querem a minha dor levar
quem sabe se vou ser feliz por fim
não quero pensar
quero apenas a chuva olhar....


Não me lembrava que estava tão mal... hum devia por uma das deprimentes... Pelo menos essas estão mais "giras"

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Tempo



Tempo… esse nada que tudo muda;
Tempo que nos tortura ao abrandar a vida quando queremos que ela corra;
Tempo que acelera o mundo quando queremos que ele pare;
Tempo que vai apagando o teu sorriso;
Tempo que afasta um olhar;
Tempo que destrói lembranças;
Tempo que tudo mostra e tudo apaga…

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A menina dos sonhos de cristal


Era uma vez uma menina que todos os dias caminhava, alegre e contente, pelo caminho da vida. Com ela levava sempre um cestinho que não largava por nada. Nesse cesto ela trazia o seu tesouro mais precioso, um conjunto de sonhos de cristal. Brincando e saltando lá ia a menina todos os dias percorrendo o caminho cheio de luz, luz essa que incidia nos pequenos sonhos e formava arco-íris que tornava aquele caminho tão colorido. Todas as noites sentava-se feliz a descansar com os seus puros e frágeis sonhos, e assim ficava, horas e horas a mirar cada um deles.
Mas o tempo passou, e o caminho foi sendo invadido por outras pessoas, pessoas grandes e sombrias que não deixavam a menina ver o caminho a seguir e a pequenina, apenas conseguia ver as suas largas costas. A luz começou a ter mais dificuldade em incidir sobre os sonhos, e o caminho deixou de ter as suas alegres cores. À noite, apesar de cansada ela sorria, pois sob a luz intensa da lua ela ainda podia sentar-se a olhar para os seus, tão preciosos, sonhos.
Outros dias passaram, e começaram a haver pessoas a irem no sentido contrário, e em cada encontrão que davam na menina, fazia com que um dos sonhos caísse e se partisse em mil pedaços. E aí ela parava e tentava apanhar os pequenos cacos, mas haviam sempre pedaços deixados para trás, pois os outros não queriam esperar e empurravam a menina para seguir o caminho.
Hoje, deixando um rasto de pedacinhos de sonhos que brilham ao sol, a menina continua o seu caminho incerto e escuro e todas a noites ela senta-se olhando para os cacos dos seus sonhos, tentando lembrar-se de como era o seu tesouro que, um dia, tinha sido tão importante para ela.