domingo, 30 de dezembro de 2007

My purple sky


"Imaginary (Origin)"

Swallowed up in the sound of my screaming
Cannot cease for the fear of silent nights
Oh how I long for the deep sleep dreaming
The goddess of imaginary light

In my field of paper flowers
And candy clouds of lullaby
I lie inside myself for hours
And watch my purple sky fly over me

I linger in the doorway
Of alarm clock screaming
Monsters calling my name
Let me stay
Where the wind will whisper to me
Where the raindrops
As they're falling tell a story

If you need to leave the world you live in
Lay your head down and stay a while
Though you may not remember dreaming
Something waits for you to breathe again

In my field of paper flowers
And candy clouds of lullaby
I lie inside myself for hours
And watch my purple sky fly over me

Evanescence

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Realidade



Saio de casa, ainda nas escadas posso ver o sol a pôr-se com demasiada intensidade comparando com o sol do mundo em que estive recolhida nas ultimas horas… Por momentos a própria realidade não pareceu real.
Saio para a rua e vejo as pessoas tão características desta realidade, tenho vontade de voltar para trás, não gosto do sol, não gosto desta sensação, não sinto nada… Estou vazia… São frios e falsos, estes sentimentos da realidade que nada se comparam com sentimentos fortes e intensos dos sonhos…
Pelo caminho uma nova sensação me invade, sinto uma coragem imensa que não me é conhecida, por momentos me iludo ao pensar que é possível modificar tudo à minha volta, tornar a realidade no sonho em que estivera recolhida…
Esta coragem dura pouco e quero voltar para o meu quarto o mais rapidamente possível…

Na minha silenciosa quietude eu permaneço, tento respirar da maneira mais calma e silenciosa possível. Não me mexo com medo que tudo volte, as imagens, os sons, as cores… tenho medo que volte qualquer um dos suspiros da realidade e me acorde...
Não quero voltar… Mas não me deixam ficar…

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A menina dos sonhos de cristal


Era uma vez uma menina que todos os dias caminhava, alegre e contente, pelo caminho da vida. Com ela levava sempre um cestinho que não largava por nada. Nesse cesto ela trazia o seu tesouro mais precioso, um conjunto de sonhos de cristal. Brincando e saltando lá ia a menina todos os dias percorrendo o caminho cheio de luz, luz essa que incidia nos pequenos sonhos e formava arco-íris que tornava aquele caminho tão colorido. Todas as noites sentava-se feliz a descansar com os seus puros e frágeis sonhos, e assim ficava, horas e horas a mirar cada um deles.
Mas o tempo passou, e o caminho foi sendo invadido por outras pessoas, pessoas grandes e sombrias que não deixavam a menina ver o caminho a seguir e a pequenina, apenas conseguia ver as suas largas costas. A luz começou a ter mais dificuldade em incidir sobre os sonhos, e o caminho deixou de ter as suas alegres cores. À noite, apesar de cansada ela sorria, pois sob a luz intensa da lua ela ainda podia sentar-se a olhar para os seus, tão preciosos, sonhos.
Outros dias passaram, e começaram a haver pessoas a irem no sentido contrário, e em cada encontrão que davam na menina, fazia com que um dos sonhos caísse e se partisse em mil pedaços. E aí ela parava e tentava apanhar os pequenos cacos, mas haviam sempre pedaços deixados para trás, pois os outros não queriam esperar e empurravam a menina para seguir o caminho.
Hoje, deixando um rasto de pedacinhos de sonhos que brilham ao sol, a menina continua o seu caminho incerto e escuro e todas a noites ela senta-se olhando para os cacos dos seus sonhos, tentando lembrar-se de como era o seu tesouro que, um dia, tinha sido tão importante para ela.